Iludindo a presa
Em vez de ir ao encontro da presa, vários predadores
atraem as suas presas, usando
mimetismos ou camuflagem ou ainda outras formas de
armadilhas.
Fonte da imagem: naturetheplacewhereyoulive.blogspot.com
Ao invés ficar o mais invisível
possível e emboscar as suas presas, quais seriam as vantagens de exibir
ornamentos de seda em ziguezague no centro da teia? Descobriu-se que esses
ornamentos refletem os raios UV atraindo os insetos polinizadores os quais
procuram essas pistas deixadas pelas flores.
Fonte da imagem: drbachflower.blogspot.com
Selecionando o que comer
Na hora de comer muitas decisões
são tomadas: para uma chitah, qual entre dezenas ela perseguirá? Para o ostraceiro,
entre centenas de moluscos que escala de tamanho é mais interessante? E depois
de abatida uma presa, o que fazer? Nem toda caça é deglutida por inteiro; é
preciso cortá-la e consumir apenas músculos e gordura. Nem todas as partes do
item alimentar são nutritivas, digeríveis ou atóxicas. Numa planta as folhas
mais jovens são tenras e nutritivas em relação às mais velhas; deve-se comer os
frutos maduros ao invés dos verdes que são amargas, etc.
Bugio: forrageia
folhas palatáveis discriminando as tóxicas e de baixo valor nutritivo
Fonte da imagem: viajeaqui.abril.com.br
Otimização Comportamental
A teoria do forrageamento ótimo prediz que um determinado
indivíduo realiza níveis de escolha, não mutuamente exclusivos, para a obtenção
de alimento e para isso, leva em consideração a relação de custo e benefício do
comportamento empregado.
Os corvos que comem moluscos
comem moluscos com conchas precisam abri-los para acessar o conteúdo. Diferentemente do
ostraceiro que abre a conchas com o bico esses corvos voa carregando o alimento
e os solta contra uma superfície dura! Zach observou que os corvos procuram
moluscos entre 3,5 a 4,4 cm e uma altitude de 5m ou mais diminui bastante o
numero de tentativas para abrir as conchas. Se puder, ele escolherá os moluscos
maiores que os soltará de uma altura máxima de 5m, economizando energia para o
vôo.
Fonte da imagem: circulodaluanova.blogspot.com
Presença de predadores
Durante a procura de alimento,
esse mesmo animal pode ser o alvo de outro predador. Os riscos de predação do predador é outro
custo adicional que deve ser contabilizado. As formigas cortadeiras coletam
folhas para cultivar os fungos dos quais a colônia toda se alimenta. O cultivo
da espécie de interesse depende do combate que é feito de espécies concorrentes
e para isso as operarias regurgitam uma solução bacteriana. A bactéria produz
um fungicida especifico e garante a cultura desejada que depende de um
constante suprimento de folhas.
O problema é que a colônia de
formigas está sujeita a uma mosca parasita que, durante o dia, põe ovos no corpo de suas
vitimas, escolhendo as de cabeças grandes. Esses forídeos ficam próximos aos
ninhos de saúvas, atacando as formigas em suas trilhas, olheiros ou área de forrageamento.
A eclosão das larvas é fatal para o hospedeiro e, portanto, devem ser evitadas.
As moscas são diurnas e todas as classes de tamanho de formigas saem para
coletar no período noturno, e durante o dia, observamos apenas as formigas de
cabeça menores (do que 1,8 mm) que são ignoradas pelas moscas.
Fonte
da imagem: fumace.net
Capturando a presa
Entre os animais predadores, o
tamanho da caça está intimamente associado com a estratégia de caça: os cães africanos caçam
sozinhos, gazelas de Thomson e gnus jovens, mas em grupo, abatem presas muito
maiores como gnús s e zebras adultos. Leões solitários caçam zebras ou gnus com
15% de sucesso em relação aos ataques totais mas, em grupo de seis a oito, esta
taxa aumenta para 45%. Em grupo realizam táticas de captura múltipla, mas
sozinho, atacam apenas um único alvo.
Fonte da imagem: ciencia.hsw.uol.com.br
Fonte: Apostila de etologia 2007,
prof(a) Dra Silvia Mitiko Nishida Depto de Fisiologia
Nenhum comentário:
Postar um comentário